Foi um longo trabalho, realizado durante quase dois anos. As discussões envolveram representantes do Conselho Municipal das Crianças e Adolescentes, secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação, forças de segurança pública, Ministério Público de Santa Catarina, Poder Judiciário e Conselho Tutelar.
A meta foi a criação do Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e de Proteção da Criança e do Adolescente, que desenvolveu os protocolos de atendimentos às crianças e adolescentes vítimas dos mais diversos tipos de violência.
De acordo com a secretária de Assistência Social e Habitação de Ibirama, Fabiani Tenfen Soberanski, todos os profissionais envolvidos no atendimento direto ou indireto de crianças e adolescentes receberam orientações sobre os fluxos de atendimentos. “Hoje temos um documento que organiza e define todo o processo de atendimento a estas crianças e adolescentes vítimas de qualquer tipo de violência, evitando que estas pessoas sofram a revitimização, sem a necessidade de a criança ter que falar, reiteradamente, das violências que sofre e, principalmente, o trabalho de prevenção para evitar que estas crianças e adolescentes sejam vítimas de violência e aplicar as medidas de proteção quando necessário”, destacou.
Em caso de suspeita de algum tipo de violência contra crianças e adolescentes, também foi padronizado o encaminhamento dessas denúncias por parte de escolas e outras instituições que atendem esse público no município.
A secretária explica que a rede também implantou a Escuta Especializada, “que determina um procedimento de entrevista sobre uma possível situação de violência contra criança ou adolescente, no intuito de garantir a proteção e o cuidado da vítima, evitando que ela possa ser revitimizada. Além disso, dessa forma conseguiremos identificar as violências, fazer a acolhida da denúncia e da criança da melhor forma possível e dar o encaminhamento correto para os órgãos responsáveis”, destacou.
Com a padronização dos atendimentos, pelos diversos órgãos envolvidos, haverá um avanço na forma de acolhimento dessas crianças e adolescentes, como também, na identificação precoce de casos de violência e na prevenção dessas situações.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ibirama
Texto e fotos: Rafael Beling - Jornalista SC 03532-JP