Inicia nesta segunda-feira, 30, a Semana de Mobilização contra o mosquito Aedes Aegypti. A campanha, realizada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE), em parceria com a Secretaria de Saúde de Ibirama, tem como objetivo alertar a população para incentivar a eliminação dos criadouros do mosquito da Dengue.
Atualmente, o estado tem 103 municípios infestados pelo mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. “É o maior número registrado até agora em Santa Catarina. E nos deixa o alerta: se temos o mosquito, poderemos ter o registro das doenças. Por isso, é tão importante eliminar locais que possam acumular água e reforçar junto à população a importância das medidas de controle do mosquito. Essa é a melhor maneira de evitarmos novos casos”, afirma João Fuck, gerente de zoonoses da DIVE/SC.
Até o momento, Santa Catarina tem confirmados mais de 11 mil casos de dengue. “A maioria dos casos são autóctones, ou seja, com transmissão dentro do território estadual. Eles estão concentrados em 52 municípios, sendo que 11 apresentaram transmissão em nível epidêmico. Essa condição é reflexo da presença e disseminação do Aedes aegypti”, alerta João Fuck.
A secretária de Saúde de Ibirama, Izabel Petersen, explica que a Vigilância Sanitária realiza o monitoramento de diversos pontos do município, onde estão instaladas armadilhas para o mosquito. “A nossa equipe faz o monitoramento contínuo dessas armadilhas, mas é importante explicar que elas servem para identificar possíveis criadouros do mosquito, não para prevenir a doença. A prevenção é uma responsabilidade de todos”, destacou.
O Aedes aegypti
O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do tórax. Nas patas, apresenta listras brancas.
As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças.
A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, 7 dias. “Por isso, é tão importante que cada um observe o seu ambiente ao menos uma vez por semana, para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti”, reforça o gerente.
O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.
Dicas de prevenção
• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
• Retire a água acumulada em lajes;
• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ibirama
Texto e fotos: Rafael Beling - Jornalista SC 03532-JP